Quando os anjos são gente são crianças
Quando os anjos sao gente são crianças,
Criancas pequeninas que não crescem.
Porque, como aqui são
Visitas, só, das nossas esperanças,
Sorriem ante o nosso coração
Pouco tempo e depois desapparecem.
Sera que o ceu não póde aqui deixal-as
Mais que o tempo, tam pouco!, que ha que dar
Para que o coração aprenda a amal-as,
E assim possa aprender a tudo amar?
Não sei… Talvez saudades da outra vida
As facam regressar depressa ao céu
Depois de estar sua missão cumprida—
Qualquer missão, a nós desconhecida,
De amor e-paz que Deus nos deu.
Veem, sorriem, passam, como a flor
Deixa cahir as petalas já fanadas…
Ai, Maria Leonor,
Teus olhos cujo azul era o amor,
E as tuas pequenas mãos tam lindas!
Criancas pequeninas que não crescem.
Porque, como aqui são
Visitas, só, das nossas esperanças,
Sorriem ante o nosso coração
Pouco tempo e depois desapparecem.
Sera que o ceu não póde aqui deixal-as
Mais que o tempo, tam pouco!, que ha que dar
Para que o coração aprenda a amal-as,
E assim possa aprender a tudo amar?
Não sei… Talvez saudades da outra vida
As facam regressar depressa ao céu
Depois de estar sua missão cumprida—
Qualquer missão, a nós desconhecida,
De amor e-paz que Deus nos deu.
Veem, sorriem, passam, como a flor
Deixa cahir as petalas já fanadas…
Ai, Maria Leonor,
Teus olhos cujo azul era o amor,
E as tuas pequenas mãos tam lindas!
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