Soneto II - Na confusao do mais horrendo dia

Na confusão do mais horrendo dia,

Painel da noite em tempestade brava,

O fogo com o ar se embaraçava

Da terra e água o ser se confundia.





Bramava o mar, o vento embravecia

Em noite o dia enfim se equivocava,

E com estrondo horrível, que assombrava,

A terra se abalava e estremecia.





Lá desde o alto aos côncavos rochedos,

Cá desde o centro aos altos obeliscos

Houve temor nas nuvens, e penedos.





Pois dava o Céu ameaçando riscos

Com assombros, com pasmos, e com medos

Relâmpagos, trovões, raios, coriscos


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