Insania de um simples

Em cismas patológicas insanas,
É-me grato adstringir-me, na hierarquia
Das formas vivas, à categoria
Das organizações liliputianas;


Ser semelhante aos zoófitos e às lianas,
Ter o destino de uma larva fria,
Deixar enfim na cloaca mais sombria
Este feixe de células humanas!


E enquanto arremedando Eolo iracundo,
Na orgia heliogabálica do mundo,
Ganem todos os vícios de uma vez,


Apraz-me, adstricto ao triângulo mesquinho
De um delta humilde, apodrecer sozinho
No silêncio de minha pequenez!

Rate this poem: 

Reviews

No reviews yet.